segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O desejo de Deus pela plenitude e integridade


... eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. (Jesus)

Precisamos valorizar a necessidade de compreender o motivo pelo qual eu e você existimos ou mesmo que tudo existe. Ao menos a parte que nos cabe em nossa finitude. Pois, a revelação de Deus para nós é dada, através de muitas formas e principalmente através de sua palavra, para que tenhamos consciência de que temos um propósito em nossa existência. Não há acaso. Não há relatividade. Existe, sim, assertividade nesta busca. E creio se buscarmos de todo coração encontraremos.

As palavras de Jesus, ao mesmo tempo em que demonstram um exemplo de ser humano totalmente consciente do propósito pelo qual existe, ainda, por meio de sua divindade, nos convoca a compreendermos também nossa. Ele centraliza nele a nossa existência e a sua plenitude. Portanto, precisamos nos valer de um princípio: o autoconhecimento é teocêntrico, na medida em que sua natureza essencialmente se revela cristocêntrica. E nas palavras de um filósofo cristão diz-se que o “autoconhecimento bíblico implica que toda a nossa visão de mundo e da vida precisa ser reformada em um sentido cristocêntrico; assim, toda e qualquer visão dualista da graça comum, que separe essa última de sua visão verdadeira raiz e centro religioso em Cristo Jesus, deveria ser rejeitada, em qualquer princípio”.

O chamado a plenitude é um chamado a integridade. E como viver a integridade sem percebê-la na consciente obediência, na ingênua confiança, na franca fé?

A libertação ilumina. O arrependimento faz-nos volver tudo o que somos, temos e vivemos ao numinoso. O amor de Deus extrovertidamente se fez perceptível em Jesus e nos sinais do reino entre nós, por meio do seu espírito santo.

De uma maneira de compreender a vida, a nenhuma outra maneira de compreender a vida. Eu convoco você a perceber que a realidade é centrada em Jesus. Não existe jeito mais pleno e esclarecedor. Perceber, saber e compreender tudo por meio desta pessoal que é em triunidade a essência de absolutamente tudo.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um talento que não está a serviço de um dom, não passa de um hoby.

Um dom que não está a serviço de uma vocação, não passa de uma ocupação.

Uma vocação que não está a serviço do Reino de Deus é um desperdício de existência. (Fabrício Cunha)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Meninos e castelos


Deus,

Visita os meninos e os castelos
Faz esperança voar no céu
e bonitas palavras caírem das árvores.
Faz olhos, bocas e abraços
surgirem nos tijolos dos castelos
e nos corpos mal vestidos
dos meninos sem chinelo

Dá pra ver, Deus, os meninos andando sem pais
e os pais andando sem meninos,
... perderam-se do amor.
Dá pra ver, Deus, que as praias e as areias
e as nuvens e as gramas não são deles,
e as estrelas e as tulipas e as águas não são deles.
Os olhos veem todo esse tanto de beleza da terra bonita.
Faz doer.
Conviver com os olhos faz doer e machuca pra curar.
Ver beleza - que não é do menino
e que não tem graça de olhar -
é desistência.
Conviver com a vida é matar os olhos de tristeza,
se ninguém os fechar.

Deus, faz amor no coração
de quem é covarde e mesquinho
no castelo ou com o menino,
de quem come calado ou é dono de esperança
e não a reparte
de quem é bonito ou feio, de quem é alegre ou triste,
de quem fala e de quem cala.
Faz amor na vida de quem pede.
Faz amor na vida de quem quer som, letra,

Faz amor na vida do menino que quer ter história.
Faz amor nos sons machucados das perdas,
das ruas, do choro amargurado e nu.

Chorar dói. Olhar dói. Viver dói.

Chorar seca. Tira fome.

Os meninos choram seus vazios.


Os castelos têm choro,
porque lá não há esperança de sentir falta.
Os castelos têm ecos de sons antigos,
e não têm praias, não têm nuvens
têm retratos de viagens.
Mas os castelos não são como as viagens, vivas.
Nos castelos têm meninos bonitos, feios, alegres e tristes,
falantes e calados, doloridos e mal guiados.
Os castelos sentem dor... de não ter do que sofrer.

Sofrem tristezas do excesso e vazio do absurdo.

Os castelos e os meninos vivem plagiando a vida.
Só não puderam viver ainda.

Visita, Deus, os meninos e os castelos.

Eliana Moura